Uma maçã por dia mantém o médico longe?

Essa é tradução de um provérbio em inglês (An apple a day keeps the doctor away) que defende o consumo de alimentos adequados para uma boa saúde, mas ela é mesmo verdadeira?

Exageros a parte — porque a maçã aqui é apenas o símbolo de alimentação saudável e não a única responsável — vamos ver por que o sentido da afirmação pode ou não ser verdadeiro

A Cardiologia do Estilo de Vida é a aplicação dos princípios da Medicina do Estilo de vida na prevenção e tratamento e, em alguns casos, até mesmo reversão de doenças cardiovasculares.

A Medicina do Estilo de Vida por sua vez aborda várias intervenções terapêuticas baseadas em evidências, com foco em 6 áreas para promover saúde:

  1. Padrão alimentar baseado em vegetais.
  2. Atividade física regular.
  3. Sono restaurador.
  4. Gerenciamento do estresse.
  5. Evitação de substâncias de risco.
  6. Conexão social positiva.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 80% das doenças cardíacas, infartos e diabetes tipo II e 40% dos cânceres poderiam ser evitados com melhorias na alimentação e no estilo de vida.

Estima-se que 80% das mortes precoces são atribuídas ao tabagismo, à alimentação inadequada e ao sedentarismo. Além disso, as doenças crônicas citadas comprometem a funcionalidade dos indivíduos, bem como em suas qualidades de vida.

Cerca de 80% das visitas dos cuidados de saúde primários são relacionadas ao estresse, uma das seis áreas de atuação da Medicina do Estilo de Vida.

Assim a Medicina do Estilo de Vida objetiva empoderar indivíduos com conhecimento e habilidades para fazerem mudanças comportamentais eficazes.

A ideia não é apenas dizer ao paciente O QUE fazer, pois, muitas das informações que estão nas nossas diretrizes de prevenção cardiovascular vocês estão cansados de saber.

Nosso objetivo na CARDIO HUG é integrar os fundamentos da Cardiologia Comportamental, que nos mostra PORQUE nos submetemos a comportamentos de risco para o coração, aos da Cardiologia do Estilo de Vida, que nos mostra COMO fazer.

É vencer barreiras.
É superar a imunidade do nosso cérebro às mudanças.
É descobrir o que nos move na direção desejada.

Por fim, isso traz impacto nas causas de diversas doenças, promovendo vida com qualidade e longevidade.

Sobre a pergunta inicial, eu diria: Depende.

Se na sua visão, o médico é aquele que apenas trata doenças eu diria que sim. Mudanças de estilo de vida vão tornar suas visitas a ele menos frequentes.

Mas se, além disso, ele é um parceiro que incentiva a promoção de saúde, a sua autonomia para a transformação e te auxilia a encontrar o melhor caminho, então vai valer a pena tê-lo perto de você.

Você sabia que em nossa clínica, elaboramos um programa personalizado chamado CARDIO HUG LIFESTYLE que inclui avaliação cardiológica + intervenções comportamentais validadas para quem deseja quer focar em transformações do estilo de vida de forma leve, prática e eficaz?

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